10º Kimbares 2016: 10º Kimbares.Santiago de Cacém.2016 (MENU)

terça-feira, 12 de abril de 2016

10º Kimbares.Santiago de Cacém.2016 (MENU)

RECEPÇÃO (12H30)

"Aperitivos servidos no jardim"

*Salgadinhos variados
*Queijinhos de ovelha
*Patés diversos

Martini, moscatel, sangria, sumos e águas.

ALMOÇO

*Creme de legumes

*Bacalhau dourado com salada

*Naco de vitela com puré de batata

Buffet de doces e frutas

- Vinho tinto e branco "ao jarro"
- Sumos
- Águas
- Café

LANCHE

*Caldo verde
* Churrasco misto
* Salada
*Batatas fritas

Bebidas

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BOM APETITE!

"O prazer da comida é o único que, desfrutado com moderação, não acaba por cansar."

(Anthelme Brillat-Savarin)

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Kimbar ou Quimbar, a razão do nome

Quimbares. Que povo é esse?

" Nas décadas que se seguiram à fundação de Moçâmedes, a par dos colonos oriundos de Pernambuco (Brasil) que ali desembarcaram nos anos 1849 e 1850, e se dedicaram especialmente à agricultura, pecuária, comércio e serviços, residiam também na povoação colonos olhanenses que começaram a chegar por volta de 1861, levados pelos seus barcos de navegação à vela, e que se fixaram em tudo quanto eram praias e enseadas, a norte e a sul do Distrito, onde o mar era calmo e rica era a faina da pesca.

Existia ainda uma população minoritária, os mbalis ou mbaris, também designados "quimbares", do grupo etnolinguístico Herero, que fazia parte da população negra permanente. Este grupo populacional era de início composto por ex-escravos libertados de navios negreiros apresados, em consequência da abolição do tráfico de escravos para o Brasil e Américas, decretada em 1836, que passaram a prestar serviços nas diversas actividades económicas em formação, nomedamente na agricultura e pescas, mas também por elementos negros do norte de Angola, recrutados a partir de Luanda, cujo objectivo principal, com base na nova política colonial, era o povoamento e o desenvolvimento do território.

Provenientes de várias etnias, estes povos ao chegarem ao distrito de Moçâmedes, miscigenaram-se, e perdiam a radicalização étnica, e, pelo contacto com os brancos nas relações de trabalho adquiriram usos e costumes europeus.

Este grupo integrava ainda ex-escravos ou livres que na condição de serviçais, nos anos 1849 e 1850 tinham desembarcado em Moçâmedes na companhia de seus patrões, vindos de Pernambuco, para dar início ao povoamento branco da região. Diferentes dos libertados em Angola, os oriundos do Brasil, possuíam uma cultura própria, ainda africana, mas já cristianizada, profundamente tocada por usos e costumes brasileiros, adquiridos com os seus patrões nas relações de trabalho. No dialecto cuanhama, os termos bali, lwimbali ou vimbali, significam "aqueles que andam com os brancos".

Estava assim criado o núcleo populacional africano designado por "Quimbar", saído da miscigenação entre povos de várias etnias e de diferentes proveniências, que, deslocados do seu meio, sem radicação étnica nem uma língua única, passaram a adoptar a cultura "quimbar", que era já uma mistura de costumes africanos e europeus.

Os quimbares eram, pois, africanos aportuguesados cujas mulheres vestiam panos da cintura para baixo, usavam pequenas blusas a cobrir-lhes o busto, e colocavam lenços na cabeça, enquanto os homens vestiam calças e camisas. Andavam igualmente descalços. Viviam quer nas imediações de Moçâmedes, quer espalhados pelas várias povoações pesqueiras e agro-pecuárias da província, entre Benguela e a Baía dos Tigres e entre Moçâmedes e o Lubango, Humpata e Chibia. Não andavam nus ou semi-nús, ao contrário de outros povos que foram encontrar, deambulando pelo deserto do Namibe, levando uma vida nómada ou semi-nómada, dedicando-se à caça, ao gado e ao pastoreio, ou vivendo nas margens dos rios Bero, Giraúl e Coroca, e que, salvo raras excepções, nunca se deixaram assimilar, não obstante os contactos e a proximidade que passaram a ter com os recém-chegados.

Pesquisa e texto de
MariaNJardim (transcrição de um texto datado de 2007) " in Facebook

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